A Revolução como início e libertação. Georg Forster e Frantz Fanon – proposta de uma leitura cruzada
DOI:
https://doi.org/10.48487/pdh.2024.n18.33581Palavras-chave:
Revolução, libertação, início, colonialismo, descolonização, Georg Forster, Frantz FanonResumo
O objectivo do presente texto é propor a leitura cruzada de alguns escritos revolucionários de Georg Forster (1754-1794) e de Frantz Fanon (1925-1961), salientando-se o respectivo contributo para uma reflexão quer sobre a teoria, quer sobre a prática da revolução. Considerar-se-á as afinidades das suas experiências de exílio, bem como o modo como o conceito de revolução com que operaram apresenta sobreposições decisivas, nomeadamente o entendimento daquela como um momento inaugural, necessariamente violento, como uma fase inerente a um processo de libertação, em que a igualdade constitui um elemento fundamental. Através desta justaposição pretende-se contribuir para uma leitura menos eurocêntrica, mais oblíqua, dos processos revolucionários, considerando-se, ao mesmo tempo, implicitamente os desafios da nossa contemporaneidade.