Revolução em 1672? Sobre a filosofia de uma desproporção na história
DOI:
https://doi.org/10.48487/pdh.2024.n18.33423Palavras-chave:
multitude, burguesia, Antonio Negri, Baruch SpinozaResumo
No século XVII, a República Holandesa estava na vanguarda da modernidade, ainda que não fosse totalmente moderna. A desproporção provocaria uma crise que transbordou em 1672: uma crise da burguesia, a protagonista da modernidade. Seguindo Antonio Negri, Baruch Spinoza foi o filósofo que foi capaz de ultrapassar a crise a partir de seu interior. Afinal, Spinoza é um pensador da produção imanente e da libertação, o pensador da multidão. No entanto, o ano crítico de 1672 permanece na sombra das obras de Spinoza e de Negri. Ambos parecem considerar 1672 com uma certa ambiguidade. É precisamente esta ambiguidade que iremos traçar para fazer avançar a filosofia da crise e da multidão. Por via de uma melhor compreensão de 1672, poderemos orientarmo-nos melhor na modernidade, juntos com Spinoza e Negri. Este ensaio leva-nos de volta à desproporção da história: à revolução.