“Não sei se sou chave ou cadeado...”: (pós-)memórias, educação e alfabetização na Guiné--Bissau. Uma conversa com Mário Cabral e Pansau Cabral

Autores

  • Mélanie Toulhoat Instituto de História Contemporânea, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa / IN2PAST — Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território https://orcid.org/0000-0001-8967-2628

DOI:

https://doi.org/10.48487/pdh.2023.n17.33191

Resumo

Embora sua trajetória seja pouco estudada, Mário Cabral, antigo militante e dirigente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), é uma das figuras centrais do período da luta de libertação e do pós-independência na Guiné-Bissau. Filho de um funcionário colonial que já dava grande importância à educação, nesta entrevista conta o seu percurso de vida e sua carreira, desde a infância até aos altos cargos que ocupou após a independência do seu país, passando pelos estudos em Portugal, a militância na clandestinidade e os períodos que passou entre Conacri e Madina de Boé. A entrevista com o antigo Comissário para a Educação e Cultura revela a trajetória individual de um homem para quem a educação tinha de ser parte integrante da luta pela independência formal e concreta, mas também indica a importância da pós-memória na reconstituição da história da década de 1970. Pansau Cabral, o filho de Mário, junta-se à conversa, juntando os fios de lembranças por vezes intactas, por vezes danificadas pelos anos. Resultou numa fonte histórica de primeira ordem sobre a trajetória de um homem guineense, militante e dirigente do PAIGC, cujas convicções e ações visaram transformar o panorama educativo do seu país.

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Publicado

2024-03-06

Como Citar

Toulhoat, M. (2024). “Não sei se sou chave ou cadeado.”: (pós-)memórias, educação e alfabetização na Guiné--Bissau. Uma conversa com Mário Cabral e Pansau Cabral. Práticas Da História. Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, (17), 219–231. https://doi.org/10.48487/pdh.2023.n17.33191

Edição

Secção

Entrevista