Reparar, reparando: a memória colonial na Casa da História Europeia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48487/pdh.2022.n15.30058

Palavras-chave:

Casa da História Europeia, Memória Colonial, Colonialidade, Reparações

Resumo

Este artigo aborda criticamente, através de uma análise discursiva dos documentos fundadores, do projecto curatorial, da retórica visual e expositiva e dos objectos que foram integrando a colecção, a forma como o colonialismo e as suas sobrevidas são pensadas e expostas (ou não) na Casa da História Europeia, em Bruxelas, um museu inaugurado em 2017 pela iniciativa do Parlamento Europeu e cujo objectivo principal é contar uma “história transnacional da Europa e da integração europeia” por forma a “reforçar a consciência da herança cultural e civilizacional Europeia”. Neste sentido, este artigo explora como este museu traduz a persistência de uma episteme colonial no presente, que se alimenta de um pretenso “passado comum Europeu”, deslocando-o sem o nomear, e, nisso, dando forma ao seu complexo. Procura responder à seguinte questão: de que forma a Casa da História Europeia recentemente inaugurada assume (ou não) o colonialismo como a experiência mais comum e partilhada das histórias nacionais europeias? E, decorrente desta, de que forma esta casa está a responder (ou não) às mais recentes demandas por reparações e acolhe todos os que desde sempre habitaram o espaço europeu?

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Publicado

2022-12-01

Como Citar

Barreiros, I. B. (2022). Reparar, reparando: a memória colonial na Casa da História Europeia. Práticas Da História. Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, (15), 101–149. https://doi.org/10.48487/pdh.2022.n15.30058

Edição

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Artigos