Histórias sem fronteiras. O Brasil que Gilberto Freyre criou

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48487/pdh.2020.n10.21826

Palavras-chave:

Gilberto Freyre, fronteira, nacionalismo, luso-tropicologia

Resumo

Gilberto Freyre foi um organizador e divulgador de ideias e responsável pela invenção de uma série de brasileirismos. Embora possua uma obra extensa e multifacetada, Gilberto Freyre é sobretudo recordado pelo livro Casa Grande & Senzala, que ainda hoje é considerado inovador em termos de objeto, metodologia e estilo, e permanece uma referência bibliográfica para compreender a história do Brasil. Casa Grande & Senzala aborda uma série de aspetos que se tornariam indispensáveis para descrever e imaginar o Brasil, e é também um estudo original sobre as caraterísticas gerais da colonização portuguesa, plasmada na noção de que os portugueses teriam praticado uma colonização benigna nos trópicos por causa da sua “predisposição psicofisiológica” para a miscigenação e o encontro de culturas. Neste artigo, pretendo analisar como Gilberto Freyre estabeleceu uma equivalência entre a história e a herança portuguesa e os modos de viver brasileiros. O objetivo é verificar como a categoria de fronteira cultural foi mobilizada para imaginar a emergência do Brasil, transformando práticas excludentes em hipóteses de acomodação, e posteriormente reutilizada para descrever a singularidade de outras áreas culturais.

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Publicado

2020-06-01

Como Citar

Cardão, M. (2020). Histórias sem fronteiras. O Brasil que Gilberto Freyre criou. Práticas Da História. Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, (10), 45–70. https://doi.org/10.48487/pdh.2020.n10.21826

Edição

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Artigos