Contos tradicionais de Angola: cultura e gênero em Oscar Ribas, Luandino Vieira e Bobela-Motta
DOI :
https://doi.org/10.48487/pdh.2025.n20.39191Mots-clés :
cultura, gênero, nacionalismo, contos angolanosRésumé
O objetivo deste artigo é discutir a relação entre cultura e gênero por meio dos contos angolanos de Óscar Ribas, Luandino Vieira e Alfredo Bobela-Motta visando interpretar o processo de construção do nacionalismo angolano. Os contos coletados ou produzidos por esses escritores permitem compreender, a partir de aspectos culturais, o protagonismo feminino em relação ao nacionalismo angolano. São analisados os contos disponíveis nas obras Ecos da minha terra, de Óscar Ribas; Vidas novas, de Luandino Vieira; e Sô Bicheira e outros contos, de Alfredo Bobela-Motta. Ao mesmo tempo em que os contos evidenciam o processo de homogeneização linguística, eles carregam consigo a experiência da cultura nativa e das relações de gênero como base de resistência contra a dominação colonial. Essa era uma forma de transmissão de conhecimentos que permitia a circulação de saberes populares no mundo literário e favorecia a reorganização da identidade que constituiria a Angola independente.
