Pôr a Revolução no lugar – as políticas de memória da democracia através dos “monumentos ao 25 de Abril”

Auteurs

  • Gil Gonçalves Instituto de História Contemporânea, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa / IN2PAST — Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território https://orcid.org/0000-0002-3303-8238
  • Henrique Pereira EGEAC – Palácio Pimenta
  • Ana Sofia Ribeiro CIDEHUS – Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora https://orcid.org/0000-0002-1822-5908

DOI :

https://doi.org/10.48487/pdh.2024.n18.33725

Mots-clés :

Revolução dos Cravos, arte pública, monumentos aos 25 de Abril, políticas de memória

Résumé

Este artigo propõe uma reflexão acerca das políticas de memória do Portugal democráti­co através do mapeamento e análise dos “monumentos ao 25 de Abril”. As transformações dos pri­meiros anos da democracia ressoaram na arte pública, que passou a celebrar figuras, episódios e valores que, durante anos, só puderam ser evocados em privado. Cingindo-nos às evocações escultóricas da Rev­olução, pretendemos identificar os momentos em que foram erigidas, a sua distribuição geográfica, os espaços que ocupam, os seus promo­tores e os símbolos e significados que inscrevem no espaço público. Dessa análise geral partimos para quatro casos de estudo, significativos das tendências, controvérsias e silêncios que caracterizam estas homenagens. Trata-se de monumentos configuram um observatório privile­giado das disputas pela memória coletiva da democracia, servindo, por um lado, estratégias de fixação e normalização de uma determinada ideia de Revolução e, por outro, contranarrativas resistentes aos dis­cursos oficiais.

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Publiée

2024-11-25

Numéro

Rubrique

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