Narrar, questionar e reimaginar o passado pelas imagens dos livros didáticos

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DOI :

https://doi.org/10.48487/pdh.2023.n17.32981

Mots-clés :

memória, imagem, arte contemporânea, livro didático

Résumé

Muitos trabalhos que se dedicaram a estudar os livros didáticos já destacaram o seu papel como artefato construtor de conhecimentos e sensibilidades, estando longe, portanto, de ser um mero registro de informações. Nesse sentido, é importante um olhar que se debruce não apenas sobre os textos como também sobre as imagens difundidas nos manuais escolares, compreendendo-as como vetores importantes no trabalho de constituição de uma memória visual do passado. Isso porque poderosas imagens foram difundidas por meio deles durante décadas, a exemplo das gravuras elaboradas por viajantes que visitaram o Brasil e das pinturas históricas produzidas no século XIX. Dentro de um movimento de revisionismo crítico da história brasileira, vários artistas visuais contemporâneos têm se debruçado sobre essas iconografias e proposto releituras interessadas em construir novas visualidades. Nosso intuito é entender como os livros didáticos também se inserem neste debate, já que têm recebido atenção de alguns artistas visuais brasileiros, impulsionados em rever e questionar certa cultura visual solidamente edificada em suas páginas. Assim, pretendemos aqui mapear essas críticas e analisar a potencialidade da entrada dessa produção artística contemporânea nas obras didáticas.

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Publiée

2024-03-06

Numéro

Rubrique

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