A história do marxismo encantado de Michael Löwy
DOI :
https://doi.org/10.48487/pdh.2022.n15.30064Mots-clés :
marxismo, romantismo, América Latina, FrançaRésumé
A vastidão de temas e regiões de que os ensaios e livros de Michael Löwy se têm ocupado ao longo de mais de seis décadas é extraordinária. Que sentido fazer de uma obra tão diversa que nos leva do estudo da teologia da libertação ao do surrealismo, do desenvolvimento desigual e combinado em Trotsky à literatura de Kafka, do judaísmo libertário a Eric Hobsbawm, do ecossocialismo a Max Weber, entre tantos outros assuntos? Em Outubro de 2022, propus a Michael que gravássemos uma pequena conversa procurando averiguar o lado menos visível das suas opções de estudo e da evolução das suas ideias, tomando como ponto de partida a sua tese sobre a teoria da revolução no jovem Marx. A conversa teve lugar em sua casa, na Paris em que há largas décadas reside a maior parte do tempo. Ela constitui uma fonte pertinente, creio, para estudiosos de Löwy, e consiste igualmente num convite à exploração de aspetos da sua produção que os leitores ainda não conheçam.