Iconografia de Gungunhana: representações do rei negro em Portugal (1890-1940)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48487/pdh.2021.n12.24950

Palavras-chave:

Gungunhana, colonialismo português, Moçambique, racismo

Resumo

No tenso cenário político entre, por um lado, a partilha de África e a humilhação do Ultimato britânico e, por outro, o regicídio e o fim da monarquia, num contexto onde as novas tecnologias de comunicação vinham aumentar o alcance e a popularidade das informações e das mensagens, a captura do “rei selvagem” e a sua vinda para a metrópole deram origem a uma produção iconográfica em variados suportes. A estética corporal, os anéis nos tornozelos e a coroa de cera tornaram-se elementos simbólicos da alteridade representada por Gungunhana ao longo de décadas. O rei foi sem dúvida o negro mais famoso do Império Português até aos anos 60 e a popularidade que ganhou, antes e depois da captura em Chaimite, fez dele um verdadeiro prisma das diferentes representações do “Outro”. A sua iconografia pode revelar muito sobre a mentalidade das épocas e dos sucessivos contextos de produção e receção.

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Publicado

2021-07-07

Como Citar

Vacha, A. . (2021). Iconografia de Gungunhana: representações do rei negro em Portugal (1890-1940). Práticas Da História. Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, (12), 53–93. https://doi.org/10.48487/pdh.2021.n12.24950

Edição

Secção

Artigos